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Foto do escritorEduardo Machado Homem

Significado de alinhar discurso e prática em segurança.

Um homem e uma mulher caminhando em um escritório e a frase abaixo deles: alinhar discurso e prática. O que significa?

Na área de segurança nos referimos com bastante frequência ao fato de um líder se tornar uma referência e um exemplo de pessoa consciente de suas responsabilidades e deveres com a segurança dos trabalhadores através de atos e decisões que estejam alinhados com o propósito de cuidar de pessoas.


Se esse líder já tem tais atitudes e decide de maneira responsável com a integridade das pessoas, já não temos um líder engajado e comprometido com a segurança?


Para que o líder esteja em uma nova condição de maturidade ao praticar a segurança como se deve é necessário que, primeiramente, tenha conhecimento pleno do que está fazendo e decidindo, depois deve saber fazer escolhas inteligentes sobre segurança, simplesmente, pelas escolhas em si e não por benefícios estranhos. Por último, suas ações e decisões devem ser providas por valores e princípios virtuosos e conectados ao cuidado com as pessoas.


Se o líder não tiver conhecimento pleno do que está fazendo, será necessário uma eterna e constante vigília das suas ações e decisões, do contrário ele irá cometer erros que comprometerão a integridade das pessoas e a evolução positiva da cultura de segurança.


Um líder, essencialmente, toma decisões, ou seja, faz escolhas. Ele escolhe reconhecer ou não uma atitude segura, ele escolhe ou não aprovar determinado investimento em segurança, ele escolhe ou não liberar sua equipe para treinamentos, enfim, são escolhas que, eventualmente, podem interferir no resultado imediato de sua área. Quando as decisões e ações se chocam com objetivos de produção e econômicos, saber fazer a escolha correta é crucial. E isso não significa parar a produção ou causar prejuízos para a empresa, mas parar para pensar com foco na proteção da integridade das pessoas e decidir ou agir nesta direção.


As pessoas se conectam muito mais com as intenções demonstradas por aquilo que elas enxergam e menos pelo que elas escutam. Não se trata de invalidar o discurso em detrimento da prática. O discurso importa, pois é a primeira percepção que podemos ter de que o líder entendeu a mensagem. Mas só saberemos se os valores e conceitos foram verdadeiramente instilados na forma de viver do líder se suas ações forem genuínas.


E são estas ações genuínas que devem ser nossos objetivos como profissionais de segurança.  não ser que se trate de um líder autodidata, é preciso capacitar a liderança em segurança. Entenda capacitar o líder como “tornar o líder capaz de algo” e tornar capaz tem menos a ver com padrões e processos e mais com possibilitar que o líder se conecte com valores e ideais virtuosos através do conhecimento e da vivência, ou seja, o líder precisa ser informado sobre o que deve fazer em segurança, como deve fazer e vivenciar isto através da repetição para construção do hábito.


Não queira transferir e disponibilizar todo o conhecimento logo no primeiro mês. Não espere uma rotina sem falhas e bem estruturada logo na primeira quinzena. Entenda e aceite que o começo da construção do hábito e dos valores será um pouco caótico, sem direção clara e numa velocidade aquém da desejada. Com o tempo e com a consistência, a performance se ajusta, melhora e resultados tangíveis em termos de maturidade da liderança aparecerão.


Alinhar discurso e prática em segurança é mais sobre valores e princípios do que sobre padrões e processos.

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