Um dia desses meu filho mais velho me perguntou por qual razão eu gostava tanto de ler e minha resposta foi a mais clássica e previsível possível: eu leio porque me dá prazer, porque eu aprendo, porque eu me sinto mais preparado para a vida etc. Ele me respondeu com um típico “ah tá” e foi fazer o que ele estava fazendo antes.
Esse hábito de ler não tem um fim, ou seja, não há um momento em que você perceberá que já sabe tudo o que poderia saber ou que já leu tudo o que poderia ter lido sobre um determinado tema ou sobre um escritor. Creio que o mesmo aconteça com a aprendizagem das pessoas e, portanto, com o aprendizado organizacional.
O desenvolvimento de processos, da gestão, de equipamentos, da tecnologia e tudo mais que envolve o ambiente corporativo, operacional e organizacional das empresas não tem um fim, ou seja, não haverá aquele momento em que nós perceberemos que não há mais nada que a organização possa aprender ou desenvolver em termos de negócio, processos, gestão e pessoas. É um verdadeiro sem fim de oportunidades.
Se atingir esse fim, essa realidade utópica de pleno conhecimento e aprendizado, é impossível, qual a razão de continuarmos desejando mais conhecimento e mais desenvolvimento dentro de nossas organizações?
É claro que devemos agir e gerir em segurança de maneira racional e científica, afinal, a gestão de risco é uma ciência e não um artefato motivacional. Mas quando a segurança se torna algo pessoal, seu compromisso cresce infinitamente.
Segurança pode se tornar algo pessoal para você através de uma experiência real de acidente ou através da internalização de um propósito profissional ou de vida. Eu lhe garanto que o segundo modo é menos doloroso.
Não podemos assumir a gestão de segurança apenas como um discurso racional centrado em conceitos técnicos. Precisa ser mais que isso!
Comments