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  • Foto do escritorEduardo Machado Homem

Definindo responsabilidades em segurança para líderes.

Há uma expressão comum no universo das auditorias que diz o seguinte: “em Deus, confiamos. Para o resto, tragam evidências”.

Aqueles que acumularam mais primaveras costumam dizer que, nos tempos que se foram, confiava-se mais nas palavras das pessoas porque o senso de responsabilidade, a honestidade e a consciência coletiva eram características comuns e genuínas nas pessoas.

Se o compromisso não era possível ou muito difícil de firmar, dizia-se logo, sem rodeios. Caso contrário, confiava-se sem receios. Em um lugar em que há um legado de passagem de conhecimento de forma oral, em que não existe domínio da língua escrita, a palavra do indivíduo tem muito valor.

Quando as pessoas se desenvolvem ou são desenvolvidas no sentido de aprimorar suas habilidades de leitura e escrita, naturalmente, tendem a desenvolver habilidades cognitivas e de relacionamento mais complexas. E isso abre um horizonte de possibilidades que seduz, vindo disso, a necessidade de firmar compromissos formais.

Portanto, não associe o valor da palavra somente com valores humanos, mas também com a precariedade da educação formal de um grupo sobre a língua falada e escrita O que eu relatei acima é um fato histórico e social descrito por estudiosos e pesquisadores, ou seja, não se trata de opinião.

Em outras postagens eu citei acordos tácitos e formais, deixando claro o quão importante aqueles contratos informais são definidores da cultura de segurança de uma organização. Mas quando acordos colocam expectativas de performance da média e alta liderança em jogo, o acordo tácito não funciona. Aquela máxima de que cultura é “o jeito que fazemos as coisas por aqui” não vale plenamente para acordos feitos com a média e alta liderança sobre a performance em segurança.

Quando falamos de acordos formais com a média e alta liderança estamos tratando, na realidade, dos seus papéis e responsabilidades e como estes se conectarão com a performance deles e de suas equipes.

Descreva os papéis e as responsabilidades dos líderes em um padrão formal e sujeite seu conteúdo ao consenso e aprovação dos envolvidos, mas não espere que seja algo estanque e imediato. O cumprimento integral não ocorrerá a partir do momento que o padrão estiver formalmente inserido no sistema de gestão de documentos. Para cada responsabilidade descrita, detalhe como os líderes serão treinados, capacitados e validados em relação à efetividade da assunção de cada nova responsabilidade.

Sendo mais específico, cada responsabilidade precisa ser apresentada ao líder teoricamente, conceitualmente e na prática. Ninguém aprende a dirigir somente porque tem a CNH nas mãos. Alguns precisam de supervisão e de uma orientação maior e por mais tempo até terem a autoconfiança suficiente para assumir suas responsabilidades em segurança plenamente e efetivamente.

Por isso, é vital que a equipe de segurança, engenheiros e técnicos sejam previamente desenvolvidos como consultores e profissionais educadores. Por um bom tempo, terão que usar o chapéu de fiscal e de educador-consultor, depois usarão menos o de fiscal, apesar de nunca deixar de usá-lo.

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