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  • Foto do escritorEduardo Machado Homem

Cultura de Segurança e Acidentes.

Quando você procurar informações sobre o que é ou como diagnosticar a cultura de segurança da sua empresa, muita informação será encontrada, pois o tema já está disseminado. Haverá definições simples, complexas, pequenas, grandes, "velhas" e novas.

Haverá quem diz entender sua cultura de segurança sem avaliar a gestão de segurança ou falar com a operação, somente conversando com os líderes. Quase um trabalho de adivinhação ou sensitivo.

Só é possível entender a cultura de segurança de uma organização depois de conhecer a gestão de segurança, suas ferramentas de gestão de risco, dialogar com empregados e terceiros, abordar a operação, entrevistar líderes, andar pelo processo produtivo e coletar informação sobre o ponto de vista de todos os envolvidos, seja por pesquisas ou grupos focais. Infelizmente, não há atalhos, por mais que se deseje e exista quem venda tais atalhos.

Pegar atalhos para entender a cultura de segurança é como buscar o caminho da rua e do acidente ou como disse o gato de Lewis Carrol para Alice, no País das Maravilhas: "Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho serve". Serve até o caminho da rua e do acidente. Para quem fica e quer fazer a coisa certa, não haverá atalhos.

Ao mesmo tempo, posso dizer que não cheguei agora de Marte e comecei a trabalhar com segurança do trabalho hoje, no planeta Terra. Eu sei e entendo que existe uma alta liderança que não compreende os motivos para investir em um diagnóstico de cultura de segurança e, para estes, o atalho mais barato pode ser sedutor.

Como convencer essa alta liderança? Deixando claro as consequências, positivas e negativas. A escolha, a partir disso, será da alta liderança.

Falar sobre o cuidado com a integridade física e mental das pessoas e buscar o melhor dentro de cada ser humano pode ser a abordagem mais humana, sensível e correta, mas pode ser um tiro pela culatra. Se essa abordagem for a sua escolha, isso significa que você acha que sua alta liderança não tem o cuidado à vida como um valor. Você pode estar certo ou certa, mas quer, mesmo, apontar esse dedo para sua alta liderança? Uma vez eu ouvi de um psiquiatra que insistir em falar sobre a doença com um paciente não é tão efetivo para tratá-lo quanto, simplesmente, mostrar e oferecer o caminho da cura.

Sem um diagnóstico apropriado, é possível que se continue no mesmo caminho, a probabilidade atue a seu favor e nenhum acidente aconteça? Sim. A questão que se coloca é saber se você e a alta liderança têm um histórico de excelentes resultados que sustentariam suas posições e seus empregos, caso um acidente grave aconteça.

No final, parece que tudo se resume na avaliação de performance da alta liderança e dos gestores de segurança. Nem tudo, mas uma boa parte. Esse é o meu lado cético e prático escrevendo.

O lado idealista e obstinado por segurança e saúde é um pouco diferente e este lado quer lhe deixar com algumas perguntas para você refletir sobre a cultura de segurança da sua empresa.

As ações refletem a mensagem sobre segurança?

Líderes são vistos como exemplos em segurança?

Acidentes são oportunidades de aprendizado organizacional ou servem para encontrar culpados?

Quais são as barreiras na comunicação sobre segurança?

O foco em segurança sempre prevalece?

Há justiça e confiança nas relações sobre segurança?

O sistema de gestão fomenta ou reprime a cultura de segurança?

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