Segurança do trabalho é mais do que uma área organizacional ou parte dos objetivos estratégicos de uma organização.
É uma fração do bem que se pode fazer à humanidade, mas dentro de uma empresa.
Apresento a vocês, algumas grandes frases e lições da humanidade.
Profissional de segurança disse: Cuide do outro, cuide de si e se permita ser cuidado.
Madre Teresa de Calcutá disse: Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
Buda disse: Não fira o outro com o que causa dor em você.
Jesus disse: Amai-vos uns aos outros.
Se você acha que eu estou colocando profissionais de segurança, Jesus, Buda e Maomé no mesmo patamar, você precisa continuar lendo o artigo.
Amai-vos uns aos outros não quer dizer que você precisa sair na rua dizendo “Eu te amo” para estranhos. Frear seu carro para o pedestre ou interromper uma tarefa com risco de acidente iminente já servem.
Não ferir o outro com o que causa dor em você não se trata de, apenas, não agredir um estranho fisicamente. Não permitir que um colega se exponha a um risco que você não gostaria de se expor já é suficiente.
Permitir que alguém saia da sua presença se sentindo melhor e mais feliz não significa que o outro tenha todos os problemas resolvidos após falar com você. O outro voltar para casa íntegro fisicamente e mentalmente após um dia de trabalho e sabendo que trabalha num lugar seguro já basta.
Minha intenção é mostrar que aquilo que se busca na gestão de segurança é muito mais do que um objetivo organizacional, é um ideal para a humanidade transfigurado para o pequeno ambiente de uma empresa.
Muito além do discurso, Jesus, Buda e Madre Teresa são lembrados, após tantos anos da sua morte física, pelas suas ações e os efeitos na vida de outras pessoas.
Apenas para ficar num exemplo terreno e simples, Madre Teresa de Calcutá, sem qualquer recurso além da própria voz e vontade, iniciou uma ação de alfabetização de crianças e adultos usando o chão de terra como lousa. Essa ação foi percebida pelas pessoas que a rodeavam, teve o impulso de outras pessoas que viram um propósito legítimo e genuíno na ação dela, mas também teve quem, com boas intenções, achava aquilo errado.
Acreditar num propósito é o que vai mover você para a ação. A sua ação é o que vai mover outras pessoas em direção ao seu propósito. Sua crença, simplesmente, não conscientizará outras pessoas. É o mesmo que dizer que o discurso pode convencer, mas o exemplo arrastará.
Disciplina operacional por si só, não adianta. Treinamento de requisitos legais sem propósito, apenas para cumprir obrigação, não funcionam. E isso não quer dizer que se deve abandoná-los. Quer dizer que precisa haver um propósito que move as pessoas a fazerem tudo isso. Ao mesmo tempo, as pessoas somente acreditarão no seu propósito se perceberem você agindo, treinando, implementando, fiscalizando, cuidando e orientando.
É uma via de mão dupla: cuidado não é nada sem gestão. Gestão não é nada sem cuidado.
Excelente textos, Eduardo.
Você contribui muito para refletirmos e agirmos com sabedoria neste vasto Terri da Saúde e Segurança das pessoas, te considero um
mentor de boas práticas.
Parabéns