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Jogos e Histórias nos Treinamentos.

Atualizado: 8 de out. de 2020

Sempre me chamou a atenção o uso dessas estratégias de jogos e de contar histórias em treinamentos de líderes e equipes. Por que há uma insistência no uso de algo que parece tão inócuo na efetividade dos resultados? Porque funciona. Mas nem todos.


Tabuleiros, Xadrez e Adivinhação.


Minha reflexão aconteceu em torno do uso de jogos de tabuleiro, jogos de adivinhação e, em especial, xadrez e dama. Sem falar da troca de experiências que envolvem o relato de situações reais vividas e recheadas de significados e símbolos.

Probabilidade ou Desafio?


Jogos de tabuleiros que possuem a lógica de avançar casas em função do número que sai após jogar os dados são interessantes porque brincam com o “mistério” da probabilidade para estar na frente dos outros competidores. Nessa gama de jogos encontram-se aqueles no estilo do Ludo. Para crianças são jogos muito divertidos porque elas desconhecem os conceitos probabilísticos, isto é, elas ainda não entendem que para estar na frente você precisa ter uma somatória de saídas dos dados maior do que seus competidores e que a probabilidade disso acontecer é pequena e igual para todos. Para um adulto, o desafio intelectual é quase nulo.

O desafio intelectual atrai o adulto.


Em outros jogos como os de adivinhação com mímica de nomes de filmes, dama e xadrez, o desafio intelectual aumenta o nível de engajamento dos jogadores. Ter sucesso nesses jogos e vencer os outros competidores implica na necessidade de existência de uma biblioteca interna de conhecimentos e saberes que são acumulados em função da idade, experiências de vida, leitura de livros, viagens, treinamentos etc. Enfim, envolvem habilidades individuais e o quão bem você consegue utilizá-las.


Não há idade para jogos.

Nem para desafios.


Nos jogos que envolvem o desafio intelectual e estratégia como no xadrez é possível, por exemplo, que uma criança vença um adulto. Eu sei disso porque acontece comigo, pois jogo xadrez com meu filho e raras vezes consigo vencê-lo. A vitória no xadrez evidencia que a estratégia e a visão do vencedor foram superiores e isso é muito recompensador. Nos jogos de adivinhação, a vitória depende do tema do filme, de quando o filme passou na televisão ou no cinema e da habilidade de fazer mímicas. Essa última habilidade rende muitas risadas, sem falar da capacidade de associação de imagens e de lembrar coisas que os outros não lembraram.


Jogos ou história: diversão é o principal objetivo.

Aprender algo é consequência.


O termo “story telling” é uma forma sofisticada de descrever um hábito antigo de contar e ouvir histórias. Antigamente, todo conhecimento era passado através de contos e narrativas, recheados de sabedoria dos ancestrais. Numa época em que não havia registro escrito, o encantamento gerado pela escuta de uma narrativa era de suma importância para que o assunto fosse passado adiante, boca a boca, mantendo o ensinamento vivo para todos. Usando de uma linguagem simbólica, e muitas vezes metafórica, os assuntos mais difíceis eram tratados com harmonia e suavidade.


As histórias são o céu das estrelas fixas.


Imagine que você navega pelo mar com toda sorte de tecnologia existente atualmente: bússolas, gps via satélite, telefone celular etc. Por um capricho do destino, esses equipamentos entram em pane e passam a fornecer informações conflitantes. E agora, em alto mar, o que fazer e como se guiar? Procurando você encontra uma carta de navegação, que mostra o céu das estrelas fixas, o Norte e a direção que você deve conduzir para atingir seu objetivo. E se inspirando nos antigos navegadores você mantém a direção correta até que seus equipamentos voltem a funcionar.


Contar histórias é mais um caminho para o conhecimento.

Ou seria "O" caminho?


As histórias têm essa mesma função. Elas nos servem como estrelas fixas, assim como as estrelas servem para o navegador. Essa sabedoria dos ancestrais carrega consigo a experiência vivida por eles e nos traz aquilo que falta para a nossa compreensão do contexto em que estamos.


Hoje temos muita informação, em enorme quantidade, e pouca experiência pra compreendê-la. As histórias apresentam uma linguagem simbólica capaz de nos transformar de maneira natural, suave e permanente.

Quais histórias você tem para contar?


Você pode buscar histórias de fantasia para passar o conhecimento, mas não precisa. Use suas próprias experiências de sucesso e de fracasso. Transforme cada experiência vivida na rotina de uma operação industrial em uma história com enredo, personagens, começo, meio, fim e significado.


O que achou? Entre em contato conosco!


19-3375-4746


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