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Melhorar a Gestão de Segurança. Quando é Suficiente?

Atualizado: 8 de out. de 2020

Recentemente, li um artigo que fala sobre esse momento de pandemia através de uma perspectiva interessante e muito controversa. Infelizmente, não me lembro do autor.


O texto descreve as experiências marcantes de uma pessoa que nasceu em 1900.


Você passou por tudo isso?


Essa pessoa, entre as idades de 14 e 18 anos, viveu a primeira guerra mundial que deixou mais de 17 milhões de mortos. Entre 18 e 20 anos de idade, passou pela gripe espanhola que infectou 500 milhões de pessoas e matou cerca de 50 milhões.


Aos 29 anos, a pessoa viu a grande crise de 1929 que durou cerca de 10 anos e levou muita gente à miséria e à morte. Em seguida, dos 39 aos 45 anos, passou pela segunda guerra mundial que deixou cerca de 80 milhões de mortos. E depois, ainda teve a guerra do Vietnã com 1 milhão de mortos, guerra fria, conflito Irã-Iraque e outros conflitos mais recentes.


Enfim, o artigo tenta convencer o leitor que a atual geração não passou por tantas coisas ruins quando comparamos com as gerações anteriores.


Se você não estiver atento, pode até ficar convencido, mas não se entregue tão fácil.


E em segurança?

Qual sua história?


Isso me faz lembrar daquela situação típica de um treinamento de segurança para empregados que têm mais de 20 ou 30 anos de experiência. Às vezes, em treinamentos assim, alguns desses trabalhadores com décadas de vivência na indústria dizem que, antigamente, era muito mais difícil e mais arriscado executar as atividades. Relatam que não havia tanta preocupação com segurança e o controle dos riscos de acidente, mais colegas sofriam acidentes graves, o empregado bom era aquele que se arriscava e assim por diante.


Dizem que hoje se reclama que a luva de segurança incomoda e que há 25 anos atrás luva era um luxo.

Tanto já foi feito. Precisa mais?


Em comparação com o que era feito há 20 anos atrás, é certo que condições físicas melhoraram, existe melhor gestão dentro das empresas, mais investimentos são realizados para reduzir riscos, há mais fiscalização, mais treinamento e a legislação ficou melhor e mais restritiva. No entanto, isso não significa que não seja possível e necessário melhorar ainda mais.


Nunca será o suficiente?


Menosprezar a pandemia porque os eventos que a antecederam foram piores também e que agora é tudo mais fácil é olhar para o cenário de hoje fora da perspectiva de quem nasceu em 1975. Temos que conhecer nosso passado para não o repetirmos. Porém, temos que olhar para frente, pois ainda há seres humanos vivendo sobre o próprio esgoto, tomando água suja e passando fome.


Não podemos renunciar a melhorias futuras porque o passado foi muito ruim e já melhoramos bastante. É como achar que quando chegamos a taxa de frequência de acidente com afastamento igual a zero, podemos parar e achar que tudo que poderia ser feito já foi feito.


Olhe para frente!


Não avançamos olhando para trás. Avançamos quando olhamos para frente.


Se desejar evoluir na cultura de segurança, abandone a taxa de frequência de acidente como referência e passe a usar indicadores proativos.


Para de procurar as 10 qualidades do líder em segurança ou os 7 motivadores de comportamento ou as 13 formas de motivar as pessoas para segurança.


Fazer segurança é mais do que receitas simplistas e nunca será suficiente.


Gostou? Entre em contato conosco.


(19)-3375.4746

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