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Liderança Pelo Exemplo: Um Caso Real de Uma Empresa Real.

Atualizado: 8 de out. de 2020

A Do Safety foi contratada para realizar um projeto que envolvia a implementação de uma ferramenta de observação comportamental com uma equipe de gerentes, supervisores e líderes de turno de uma organização multinacional que tinha uma cultura de segurança em desenvolvimento e um sistema de gestão de segurança caminhando para a certificação.


E como fizemos isso?


Dividimos o projeto em 3 etapas.


Primeiro...


Primeiro, realizamos um alinhamento de conceitos sobre disciplina operacional, percepção de riscos e liderança pelo exemplo. O diferencial não foi falar, simplesmente, sobre esses conceitos. Afinal, você pode achar apresentações e textos sobre eles na internet. Durante o treinamento, todos puderam vivenciar os conceitos através de discussões, vídeos, dinâmicas e trabalhos em grupo. O mais importante foi que entenderam os conceitos a partir de um conhecimento que já estava dentro deles, isto é, as mesmas competências que apoiam esses profissionais para ter disciplina, atuação exemplar e percepção dos riscos para a produção, também são as competências usadas para a gestão de segurança.


Líderes já possuem as competências que você julga que irá ensinar.


É uma falácia dizer que líderes que já entregam o resultado operacional precisam ser desenvolvidos em termos de novos conceitos para a gestão de segurança. Eles não precisam. Os conceitos fundamentais já fazem parte da biblioteca interna desses líderes. É preciso, “apenas”, guiar a compreensão deles para que possam usar esses conceitos dentro do tema segurança do trabalho.

E foi o que fizemos.


Num segundo momento...


Num segundo momento, mostramos para os líderes, na teoria, o que é uma ferramenta de observação comportamental de acordo com o padrão corporativo internacional da organização que contratou a Do Safety. Fizemos, além disso, simulações em sala de situação de abordagem comportamental para que o grupo pudesse apontar acertos e erros. Aprendemos muito vendo o erro de outros. E o melhor disso foi perceber que todos participaram das simulações e que o erro de um não acontecia com o outro.


Finalmente, a prática...


Finalmente, fizemos a prática real, em campo, na área operacional, da prática de observação comportamental. E é aqui que está a situação que mostra um gerente de PCP (planejamento e controle de produção) percebendo o efeito da sua atuação no comportamento dos empregados.


A situação abordada pelo gerente de PCP envolvia a realização de duas atividades simultâneas em um mesmo equipamento. Uma atividade de setup para mudança de produto final da linha e uma atividade de manutenção no motor do equipamento.


E o bloqueio de energias perigosas?


O tempo disponível para realizar as duas atividades era de 1 (uma) hora. A atividade de setup não demandava o bloqueio de energias perigosas (LOTO) do equipamento porque para alguns ajustes era preciso acioná-lo. A atividade de manutenção exigia o bloqueio.

Não dava para fazer...


Logo, para conseguirem realizar as duas atividades em 1 (uma) hora, era preciso realizá-las simultaneamente e sem bloqueio de energias. Um risco de altíssimo potencial. Durante a abordagem comportamental feita pelo gerente de PCP, ele percebeu esse risco e o desvio. De imediato, foi pedido para paralisar as atividades e encaminhamos a situação para que o gestor de manutenção fizesse as adequações necessárias na rotina. Fomos para uma sala para discutir o ocorrido.


Atividade interrompida. E da próxima vez?


Eu imaginei que precisaria esmiuçar e explicar tudo para o gerente de PCP, mas não foi necessário. Ele tomou a iniciativa de dizer que, a partir daquele momento, não planejaria mais as duas atividades juntas. Planejaria uma ou a outra, pois as duas juntas demandariam mais de 2 horas em função do bloqueio de energia necessário para a atividade de manutenção.


A agradável surpresa do líder que entendeu a atuação pelo exemplo.


Ele poderia ter entendido a situação como um comportamento abaixo do padrão em função de ausência de comprometimento dos empregados, mas não foi assim. Ele foi além disso e entendeu que ele, como líder, passa uma mensagem em tudo o que faz. E a mensagem que ele estava passando para os empregados quando planejava as duas atividades simultâneas era a seguinte: “eu sei que precisa de bloqueio de energia, mas como não temos tempo, façam sem o bloqueio.” O gerente de PCP entendeu que, mesmo não sendo a sua intenção, era essa mensagem.


Percepção de risco.

Prática e discurso alinhados.

Essa é a receita.


Para passar a mensagem correta, que segurança está em primeiro lugar, ele precisou alinhar sua prática ao seu discurso. E ele só conseguiu fazer isso quando percebeu o risco, entendeu os conceitos de disciplina operacional e liderança pelo exemplo e vendo como as coisas acontecem de fato, lá no front.


Missão dada, missão cumprida.


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