Para evolui nesse quesito é preciso que você se informe sobre dois conceitos importantíssimos. Aqueles treinamentos baseados em sala de aula, em que o ministrante fala e outros escutam são informativos ou, no máximo, sensibilizadores. Se desejar ensinar algo, de verdade, faça com que o público execute o que estão aprendendo na teoria. Naturalmente, erros serão cometidos até que a excelência seja atingida. Desconfie daqueles que sabem tudo. Ou são gênios, ou treinaram muito escondidos ou são charlatões. Gênios são raros e charlatões sobram.
Para um treinamento ser efetivo, é preciso que a prática faça parte da metodologia. Edgar Dale propôs a pirâmide da aprendizagem no século passado. Aplique nos seus treinamentos.
Outro conceito importante está na forma de estabelecer um hábito. Existem diversos números divulgados, mas o mais comum é o “21”. Quando você realiza uma determinada atividade por 21 dias consecutivos, há uma grande chance dessa atividade se tornar um hábito. Fala-se de 66 dias e outros números, mas o mais importante é: se não praticar continuamente depois do treinamento, você esquece e o conteúdo se perde. É importante não esperar que o público do treinamento mude o mundo logo no primeiro dia. Faça com que eles comecem com pequenos hábitos e aumentem a complexidade com o tempo. Estabeleça isso como um compromisso formal com eles.
Agora vem a parte difícil. Você terá que revisar as suas apresentações e treinar a sua fala. Sua prática de treinamento precisa estar alinhada com a sua pretensão. Uma apresentação cheia de textos não condiz com o que acabou de ser exposto. Além disso, requer disciplina e dedicação, pois no início a atividade ainda não é um hábito, a sua apresentação não será um hábito. Você terá que se forçar a fazer diferente, se esforçar.
Em resumo, mostre como se faz, execute junto uma vez e faça com que seu público sejam executores por 21 dias consecutivos.
Um abraço,
Eduardo Machado Homem.